Como a imprensa repercutiu nesta quarta-feira (6) o meu manifesto acorrentado à mesa diretora do Senado, não é mesmo? Mas hoje, quinta-feira (7), quero falar sobre outra corrente, menos visível, mas que também merece pressão, investigação e manchetes: a da interferência internacional. Mais especificamente, aquela que chegou de mansinho e se instalou nas eleições brasileiras de 2022.
Refiro-me às revelações de Mike Benz, ex-integrante do Departamento de Estado dos EUA. Você não viu isso na TV? Nem uma notinha no jornal? Pois é. A velha imprensa tratou como irrelevante, um dos episódios mais graves da nossa história recente.
Nesta quarta, Mike Benz prestou depoimento na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Congresso. E não veio com suposições. Apresentou documentos, cifras, nomes, organogramas e um roteiro digno de thriller político: mais de 90 milhões de dólares despejados no Brasil durante o governo Bolsonaro por agências norte-americanas, entre elas, Usaid, CIA, Pentágono e até a Casa Branca.
O objetivo? Segundo Benz, “inclinar a balança para um dos lados”. Spoiler: não era o lado conservador.
O esquema funcionava como uma engrenagem bem organizada: dinheiro americano irrigava ONGs e agências de “checagem de fatos” que, sob o pretexto de combater fake news, treinavam e censuravam vozes conservadoras nas redes sociais. Uma verdadeira tropa de elite da informação, alinhada aos interesses de Washington, ou melhor dizendo, à política externa do governo Biden.
Um dos braços mais ativos dessa operação foi o Atlantic Council, lar de ex-diretores da CIA que, claramente, não estavam passando férias no Leblon. Outro nome? Wilson Center, responsável por cursos de “alfabetização midiática”, nome bonito pra ensinar brasileiros a deletar posts e silenciar perfis.
E não para por aí. A denúncia é grave. Gravíssima! Mas, pelo visto, a imprensa brasileira prefere noticiar os besteiróis do Lula do que investigar a fundo um possível atentado à nossa soberania nacional.
Sim, soberania. Aquela palavra que volta e meia reaparece quando Lula resolve fazer beicinho e diz que não quis falar com o Trump para não “se humilhar”. Mas… quando o presidente americano é o Biden, vale tudo? Inclusive injetar milhões de dólares para favorecer a esquerda no Brasil?
Agora, imagine se essa denúncia envolvesse Trump… Ah, meus amigos! Já teríamos edição especial no Fantástico, CPI relâmpago, editorial inflamado e hashtags nos trending topics. Mas como o nome citado é Biden, o silêncio reina.
Tudo isso precisa ser dito, repetido e cobrado. Porque, se houve interferência externa no processo eleitoral brasileiro, e tudo indica que houve, estamos diante de um ataque à democracia, à soberania e à vontade popular. E isso não pode, de forma alguma, passar em branco.
Portanto, da próxima vez que alguém aparecer com aquele velho papinho de “ameaça à democracia”, pergunte de qual democracia ele está falando. Porque a minha, a nossa, não pode ser construída com dinheiro americano, censura disfarçada de checagem e tapinhas nas costas de quem joga sujo, mas veste terno caro.
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Magno Malta é senador da República. Foi eleito por duas vezes o melhor senador do Brasil. |
